A pinhole consiste numa maneira de ver uma imagem real, através de uma câmara escura. As câmeras pinhole são normalmente feitas à mão pelo fotógrafo para um propósito particular. Parece mágica ou faz de conta!
Foi o que o idealizador da oficina que culmina nesta exposição, o fotógrafo Maurício Medeiros de Farias conseguiu fazer com maestria.
Maurício é também fotógrafo oficial e participante do projeto UQ (Universidade das Quebradas) do PACC (Programa Avançado de Cultura Contemporânea) da UFRJ ciriado por uma das maiores intelectuais do país, Heloísa Buarque de Holanda. A UQ busca colocar frente a frente produtores e artistas que desenvolvem importantes trabalhos culturais com os saberes da academia e assim promoverem trocas ativas de conhecimento. De lá veio também Cristina Hare aluna desta oficina, que tem junto com sua irmã Denise Kosta uma tv na internet que busca divulgar gratuitamente o talento da zona sul e da periferia (TV Hare). Esse é o espírito social colaborativo!
Junto ao mestre, alunos tiraram efeitos especiais com as câmeras como vemos no interessante resultado obtido e que o SESC Santa Luzia na pessoa da competente Andréa Medrado tem o prazer de acolher e apresentar.
Nuances criativos de cor e textura. Uma vez considerada como uma técnica obsoleta do início da fotografia, a fotografia pinhole é sem dúvida ARTE.
É importante observar aqui a beleza de uma técnica simples. Exige acuramento visual e sensibilidade de quem capta nuances de momento. Até o tempo da exposição na luz faz varia a imagem final.
Deleite-se até com cenas desse rico processo do prazer ritual de sentir-se criador congelando eternamente a mágica de um instante!
Tetsuo Takita
curador da exposição
-----------------------------------------------------------------------------------------------E Você sabia?
A NASA (através da NAIC) fundou o projeto New Worlds Imager, cujo propósito é usar uma câmera pinhole com um diâmetro de 10 m e comprimento de foco de 200.000 km para fotografar planetas do tamanho da Terra em outros sistemas estelares.
Uma câmera estenopeica ou câmara pinhole (lê-se "pinrole") é uma máquina fotográfica sem lente. A designação tem por base o inglês, pin-hole, "buraco de alfinete" e é usada para referir a fotografia estenopeica. Este tipo de fotografia é uma prática econômica e simples pois utiliza uma qualquer caixa em que a luz não penetre. A existência de um pequeno furo, estenopo do grego stenopo e que em português permite designar este tipo de fotografia por Fotografia Estenopeica.
Para um melhor aproveitamento da luz e da nitidez, a equação da abertura correta a ser utilizada é:
Onde d é o diâmetro, f é distância do orifício a imagem, que é dada em milímetros.
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