27.3.12

Um filme mágico. Essa é a melhor definição para “O fabuloso destino de Amélie Poulain” por Tetsuo Takita


OI, GOSTARIA DE INDICAR FILMES SENSACIONAIS MAS, QUE POR ALGUM MOTIVO, ÀS VEZES DIFÍCEIS DE ACHAR NA LOCADORA, PRA COMEÇAR COM CHAVE DE OURO

Um filme mágico. Essa é a melhor definição para
“O fabuloso destino de Amélie Poulain” do francês Jean-Pierre Jeunet. Mágico e que encanta cada pessoa por um motivo diferente.

Amélie (Audrey Tautou) é uma garçonete solitária que vive no famoso bairro de Montmartre em Paris. Um dia ela acha em seu apartamento uma caixa de recordações de um menino que viveu ali nos anos 50 e resolve encontra-lo para devolver o tesouro. Ao perceber a felicidade do sujeito, ela decide que aquele é o seu fabuloso destino: ajudar os outros. Mas ela também precisa ser ajudada, pois vivendo em um mundo de fantasias pode deixar passar seu grande amor. É uma comédia, muito engraçada, mas é também um romance diferente.

Audrey Tautou é o filme, e apesar do roteiro, da direção e da fotografia serem ótimos, ela rouba a cena. Não dá para sair da sessão sem lembrar do rosto de criança sonhadora de Amélie. Ela conseguiu atrair aos cine mas cerca de oito milhões de espectadores na França, e cruzou o oceano até encantar os americanos que normalmente têm alguns receios com filmes que precisam ser legendados. Foi indicado para cinco Oscar.

Outro aspecto da história que atrai a atenção é a magia que existe por trás de cada momento do filme. Desde a primeira cena (que parece um pouco o começo maravilhoso de “Magnólia”), até a apresentação dos personagens, passando pelo cenário em Paris, meio amarelado como as fotografias antigas, mas recheada de tipos urbanos. A personagem principal, por exemplo, é descrita como alguém que tem prazer em colocar a mão em um saco de cereais, observar a reação das pessoas no cinema e jogar pedrinhas no Canal de Saint-Martin. As várias mensagens por trás da história parecem tiradas de um livro do Harry Potter: amar as coisas simples da vida, ajudar o próximo, saber que existem pess oas boas no mundo, e são costuradas com tanta delicadeza e humor que fazem com que o espectador passe o dia com um sorriso no rosto.

Em nenhum momento o filme tem a intenção de ser real. Os próprios personagens são verdadeiros tipos, como o escritor fracassado, a vendedora de cigarros hipocondríaca, o artista que passa a vida reproduzindo quadros de Renoir, etc. Mas é exatamente essa a grande vantagem: a oportunidade de sair um pouco da realidade e mergulhar de cabeça nessa Paris de sonhos que vemos pelos olhos arregalados de Amélie Poulain.
Você conhece o escritor de nome COINCIDENTEMENTE parecido com o do diretor deste filme?
VALE A PENA LER ISTO. QUEM FOI JEAN GENET?
Escritor francês. 19-12-1910, Paris 15-4-1986, Paris. Jean Genet, escritor maldito,
provocou as mais diversas reações sobre sua personalidade e obra. ...


Jean Genet nasceu em 1910, na França, de pai ignorado. A mãe, não podendo cria-lo, entregou a criança à assistência pública, que por sua vez a deu em adoção a um casal de produtores rurais. Tímido, mantinha, porém, hábitos misteriosos, entre eles promover pequenos furtos, aparentemente inocentes, primeiro em casa e, com o tempo, fora dos limites familiares. Um tipo de vício que sustentou durante a adolescência e que o levou para instituições correcionais e, mais tarde, para a cadeia; fonte inspiradora de grande parte de sua obra literária. Sofreu em seu próprio corpo, em seu próprio espírito, as experiências mais terríveis e degradantes que um ser humano pode suportar. Mendigo, ladrão, presidiário, homossexual, Genet conseguiu o milagre de transformar toda uma existência de miséria, humilhação e sofrimento extremo em literatura de incontestável qualidade. É com ele que todo um univer so  de seres desprezados e estigmatizados penetra realmente, com toda a sua força, no espaço literário. E com tamanha expressividade que, logo ao tornar públicos seus primeiros trabalhos, Genet foi amplamente reconhecido como escritor de extraordinário talento, dando voz aos excluídos e marginalizados. Morreu em 1986, no Marrocos, onde viveu os últimos 25 anos de sua vida.
Genet produziu romances notáveis, tais como Nossa Senhora das Flores, Diário de um ladrão e Pompas Fúnebres, além de peças teatrais de grande significação, como O balcão, Os negros e As criadas.

Vida longa aos corajosos!!!!Sempre!!!!

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